Num território marcado pela colonialidade do ser, do saber, nas macro-políticas e práticas cotidianas
que reforçam e reatualizam o racismo, a violência de gênero, as desigualdades e segregações,
estéticas ativistas e de resistência trataram de romper ordens vigentes afrontando, sobretudo, ditaduras militares
e o capitalismo hétero-patriarcal. São práticas artísticas e políticas que demonstram sensibilidade
para ver, sentir, revoltar-se, solidarizar-se, denunciar, libertar-se de amarras, mobilizar. Elas ousaram interferir diretamente
nos ditames políticos conservadores, opressores e repressores, para transgredir a normalidade de regimes impostos com
estéticas e pedagogias radicais. Gráfica, ação, performance, foto-performance, foto-documentação,
combinadas com contra-história, literatura, geografia micro-política (cartografia-denuncia, cartografia-de-resistência),
entre outras experimentações, para subverter a economia das imagens, interferir no campo de visibilidade e do
imaginário, fazendo ver o que não é visto para re-afirmar existências.
Nesta fala vamos
revisar ferramentas estéticas que trançaram arte, política, ativismo, e produção de coletividades
nas últimas décadas em diferentes partes da América Latina. Da política do acontecimento no espaço
público (curto-circuito com o habitual e normalizado) aos canais alternativos de circulação. Obras, projetos,
acontecimentos, agentes e coletivos compõem uma narrativa visual para ativar a memória de um repertório
singular ainda pulsante no corpo-arquivo-vivo.
📌 Centro Cultural Sesi Heitor Stockler De França
| Av. Mal. Floriano Peixoto, 458 - Centro
👉 Espaço sujeito a lotação
(ingressos disponíveis 1 hora antes da ação)